As boas companhias e uma garrafa de vinho vagabundo, junto as palavras jogadas fora, ajudaram a afastar o maus pensamentos.
A vento voltou à minha cidade, honrando seu antigo nome. O frio da madrugada me lembra alguns pesadelos, mas eu gosto do clima que isso proporciona. Caminhadas noturnas que vivi em sonhos, com vultos e espíritos querendo se comunicar de alguma forma. E as mensagens que chegam com o sopro e sussurros do ar nos meus ouvidos, são tão enigmáticas como os mistérios remotos do passado. Talvez sejam sussurros de outrora que ninguém nunca tenha ouvido. Talvez sejam somente sussurros da minha própria mente que eu nunca havia parado para escutar.
O piano de Chopin que entra em meus ouvidos proporcionam uma momentânea paz. Minto. Cada nota ecoando é uma mistura de apertos no peito. Fecho os olhos e consigo imaginar o surrealismo romântico que cada passagem expressa. Quase sinto-me sentado em frente as teclas expressando cada tempo da melodia. Cada pequeno som se manifestando nas cordas e na alma. Cada batida ditando o ritmo do âmago.
Fora isso, o dia apático, a espera de algo, me afeta. Espero mensagens que não chegam, espero resultados, e resoluções. Culpa é sim, da minha comum inércia. Será a passividade um problema? Nunca encarei dessa forma. Imagino-me um grande ímã para conhecimento. Ímã esse que agora realmente parece gasto. Parece-me mesmo necessário levantar, e ativar esse espírito ocioso. Necessário explorar mais a possibilidades. Explorar o potencial que todo o Universo tem a oferecer.
Ah!, mas quando esse pensamento se refletirá no meu corpo? Imagino ainda a manhã que acordarei e tudo ficar tão claro e simples, e se descortinará na minha frente todos os fatos e passos a seguir. E como é, qual palavra... angustiante - talvez -, pensar nisso tudo.
Devaneios demais para um dia...
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