Começo a ler qualquer coisa na tela do celular, e os dígitos vermelhos do relógio ao lado da cama pulam de minuto em minuto. Meus olhos começam a fechar, quando algo parece me puxar de volta. Espreguiço-me, coço os olhos, me viro de um lado para o outro. Ajeitar as cobertas, calor, frio.
Levanto. Vou a cozinha, abro a geladeira e bebo um pouco de água. Quero café. Tomo, amargo mesmo. Na sala olho pela janela. Rua vazia. Mas me veriam como um fantasma lá de fora, ali parado com olhar duro. Fico ali por alguns minutos, ouvindo os já familiares sons da noite. O tic-tac do relógio fica tão mais alto. Minha respiração. O vento.
Os cães começam a latir, e já sei que logo aquele gato vai aparecem. Salta do telhado aquele bichinho tricolor, já despreocupado com os latidos. Ele olha para mim por alguns segundos e segue seu caminho. Devo ter espírito de gato.
Deixo o copo na pia, e volto para a cama. Deito e fecho os olhos. Segundos passam, mas se foram algumas horas. E relógio aponta algo perto da meia madrugada; me levanto, e vou ao banheiro. O espelho me encara. Jogo um pouco de água no rosto; descarga; mais um gole de água.
Aguardo; daqui à algumas poucas horas, e um segundo depois dele começar a gritar, desligarei o despertador. O Sol nascerá.
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