domingo, 27 de junho de 2010


Canto Para A Minha Morte
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho


Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Sonhei com você hoje..."


"Mesmo?! E como foi?"


"Estávamos no alto de uma montanha. O sol brilhava. Tínhamos tudo o precisávamos. Uma floresta nos rodeava, e tínhamos uma cachoeira, que demos um nome que não me lembro agora. Sempre nos banhávamos lá, e tinha uma caverna - sabe aquelas que vemos nos filmes? - onde ficávamos ouvindo o som da queda da água. O sol batia na água e fazia luzes que nos hipnotizavam lá dentro. Nunca me senti tão bem. Não pelo cenário claro, mas por você estar ali comigo."


"..."


"Pena ser só um sonho..."



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Antes de abrir os olhos notei que tudo estava girando. O teto parecia o chão e eu estava caindo. Virei de um lado para outro na cama, e tudo embrulhava dentro de mim. Sentei, mas meu pescoço não sustentava minha cabeça então abaixei ela entre as pernas. 


Respirei fundo.




Estava tudo ali boiando. Um pouco ficou no meu cabelo. Estiquei a mão e alcancei o rolo e limpei o que pude. De ajoelhado, caí sentado e me encostei na parede. Não queria olhar naquele espelho. Fechei os olhos e fiquei tentando controlar minha respiração entrecortada. Amarrei o cabelo e levantei.


As memórias não estavam muito claras para mim, e aquela garrafa no fim com certeza era a culpada. Sentei à mesa tomei a garrafa e o cheiro quase me fez voltar para o banheiro. Bebi mesmo assim. Olhei para tudo aquilo ali e meu estômago começou a doer.


"Droga, não era para ser assim!". 



sexta-feira, 18 de junho de 2010

It is all blank, I am blank.
Come and write your history in my pages
Come and fill my lines with your desire
Tell through me all your feeling
Scratch but not erase me and
Fix all my pages missing
Cover me with the fairest adornment
Don't forget to clean the dust
Remember to put me in a nice shelf
When you forget about all the trust


quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Everybody was going there. Me too. I thought it was a party which was going to happen but there was more than that. They all laughed and talked unknown words. 
We went through a great gate which led to a amazing garden. As we were walking to the house, no sound was emitted. A guy hosted us with a smile and drinks. We sat in chairs, and looking at the garden we waited.
Soon small particles of leaves, dust and insects began to twist and took form in front of us. 
A figure of a man, starting from the face, framed and a great flash blinded us all...
I heard a shout."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"It was like I was in a prision, a small room, tight. Muggy. Smothery. I couldn't move. There was only a crack in the wall where I could barely look out.
Some people were out there. They had strange form, hump ones. They got a girl and there was blood. 

A red creek slipped to where I was, and somehow I felt I was going to be the next..."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Essas nuvens.
Esse frio.
Todo esse cinza.
Tomo um vinho.
Ensaio palavras.
Sorrio... e entristeço.
Vem aqui mais para perto.
E me dê um sorriso terno.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O que fazer quando o que se quer está longe e o ruim se aproxima? 
Nem vou me alongar, não tenho palavras para isso, mas... sabe, as coisas poderiam melhorar um pouquinho.


Enquanto isso vou sobrevivendo, ainda tenho alguns motivos...