quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

So I turned the corner and the wind hit my skin. All the pleasure of that Nature's kiss in my skin made me just close my eyes and feel that moment.


I'd like your hands to feel that too.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tem pessoas que passam na vida da gente que ficam com um pedaço muito grande de nós. E quando elas se vão, acontece uma coisa chamada saudade. E doi. Mas mostra que estamos vivo. A dor tem esse poder (a felicidade também, mas muitas vezes acordamos e vimos que é sonho).


Amo a liberdade, por isso, todas as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei...

E mesmo com toda dor, é sempre meu maior desejo que a pessoa seja feliz. E mesmo que não volte, que alguma coisa eu tenha contribuído para sua vida. E se estiver triste, que saiba que aqui sempre haverá aquele mesmo sorriso e o ombro amigo que precisar. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tudo é tão idiotamente lindo.


Todos nossos encontros e brigas e sorrisos. A gente se encontra por aí, e toda uma nova vida surge. A gente gargalha, se magoa e de repente é só um notar que é tudo muito idiota. Mas é tudo muito lindo. É toda uma coisa chamada vida.


Tantos planos na cabeça, que viram palavras, que se concretizam e outra vezes, simplesmente se torna uma grande ilusão baseada, quem sabe, na inocência, ou na falta de atitude, na falta de coragem. 


Cair nos braços dos outros. Virar as costas. Amar. Sumir. 


É tudo tão sem sentido, mas é tudo tão lindo.


É toda uma coisa chamada vida.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Passando aquela catraca do metrô meus olhos com agilidade vão te procurar e tudo em mim vai sentir a ansiedade do seu olhar. Todas as outras pessoas virarão fantasmas, figurantes em nosso filme escrito pelo Universo. 
Meus pés acelerados, e o coração também; te procuram, te procuram. 


"Onde estará? Cadê você?"


Mais um ônibus, mas tudo fica bom com você do meu lado. A gente se ajeita e te ver dormindo é como ver a serenidade me tocando. E o toque acalma minha alma e tudo fica paz.


"Te amo! Mesmo, mesmo!"


Essas palavras realmente tem valor, e agora vejo o quanto. Dizer isso olhando nos seus olhos tem sido os momentos mais aguardados - e felizes - dos meus dias. 


Sorria para mim, me abrace e me presenteie com seu beijo, minha linda!...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Remember, remember the fifth of November,
Gunpowder, treason, and plot,
I know of no reason why the gunpowder treason
Should ever be forgot.
Guy Fawkes, Guy Fawkes, ’twas his intent
To blow up the King and Parliament.
Three score barrels of powder below,
Poor old England to overthrow;
By God’s providence he was catch’d
With a dark lantern and burning match.
Holloa boys, holloa boys, make the bells ring.
Holloa boys, holloa boys, God save the King!
Hip hip hoorah!
A penny loaf to feed the Pope.
A farthing o’ cheese to choke him.
A pint of beer to rinse it down.
A faggot of sticks to burn him.
Burn him in a tub of tar.
Burn him like a blazing star.
Burn his body from his head.
Then we’ll say ol’ Pope is dead.
Hip hip hoorah!
Hip hip hoorah hoorah!





Para não passar em branco a data...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

É uma ausência mas tão sentida, tão sentida, que o corpo, braços, mãos, cílios, te procuram em cada centímetro desse espaço.
Meu olhos acordam e esperam te ver, mas ao meu lado está seu espaço vazio. Meu nariz busca seu cheiro, acostumados que estavam de sentir seu perfume.
E meus braços, como procuram os seus para um abraço apertado e longo. Minhas mãos para compartilhar longos passeios.
Minha boca, os beijos ardentes de encaixe perfeito.
O corpo, como deseja o seu grudado, dividindo o calor e o suor.
Ah!, minha alma chora de saudade.

sábado, 30 de outubro de 2010

"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira
Feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração
Era tudo o que um cão sempre quis
Eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira
Que me, que me pegou pelo nariz
Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
E disseram para eu ser feliz

Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?

Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?"



(A Carta - Djavan)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Libertar-se de espírito. Saber que o que importa não é o material e sim o conforto de estar ao lado de quem se gosta e ser feliz com ela. É o ter certeza de que não importa os percalços no caminho, se estivermos juntos, estaremos bem.

Free of the fear and the pain


Viemos para nos encontrar. Viemos para juntar as mãos e seguirmos ao lado do outro para sempre, esse e o nosso próximo passo em outro mundo. Ascender rumo ao mais sagrado e importante que é o Amor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

infinito [símb.: ∞][Do lat. infinitu.]
Adjetivo.

1.
Não finito; sem fim, termo ou limite; infindo:

2.
De duração, extensão ou intensidade extremas; imenso:

3.
Inumerável, incalculável, incontável:

4.E. Ling. Diz-se da forma não flexionada em tempo, modo. ~ V. conjunto —, descontinuidade —a, determinante —, função —a, loop —, melodia —a, movimento —, ponto —, produto —, seqüência —a, série —a e sonofletor —



(Dicionário Aurélio)


E assim será, certo? 

domingo, 24 de outubro de 2010

Está igual a quando você foi. O mesmo edredom, onde a gente sentiu tanto calor. Seu cheiro no travesseiro me desperta na noite, e não encontrá-la no meu abraço aperta fundo a saudade.
E quando você voltar, vou te carregar bem apertado e nos jogar caindo nessa nuvem.

É tão pena os dias parecerem segundos com você.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tem umas músicas que fazem a gente lembrar de pessoas. Tenho umas bem estranhas, que lembram pessoas bem estranhas. Umas que não tem nada compatível com a pessoa que ela lembra.
Mas ouvindo uma dessas músicas, de repente me dei conta de quantas pessoas já passaram na minha vida. Desde meu primeiro dia da pré-escola. Colocávamos nossos tapetes com nomes no chão e aprendia a ler. No Fundamental, quando fizemos um intercâmbio com troca de cartas e depois nos conhecemos aqui na cidade. Queria lembrar do nome dela e de que cidade ela veio. As cartas, nem lembro que rumo levaram. 
No fim da 4ª Série, quando colei pela primeira vez com minha amiga e... tempos não vejo ela.
Passou o Ensino Médio, a formatura, e quase todos esses amigos, colegas também passaram. Vejo-os na rua e cada vive sua vida agora.


Bom, acho que já falei disso por aí. Só me deu uma nostalgia eu acho. Ou só lembrei.


Pessoas vem, pessoas vão... Levam um pouco da gente, ficamos com um pouco delas.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Me dei conta hoje de quantas vezes disse 'não' e que depois notei que deveria ter dito 'sim'. Vocês conhecem o arrependimento da perda que aquela oportunidade te dá? 

Me lembrei do filme 'Yes Man', a moral do filme e como devemos realmente dizer mais 'sim' para a vida. Cada 'não' pode ser uma grande renúncia de grandes momentos que você poderia viver. 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Serei breve por hoje porque brevidade é preciso.

"Mesmo o começo da semana, o começo do dia, o começo do próximo minuto ou hora, segundo, é um momento para você renascer. 
Mate-se sem dó e deixe tudinho anotado para o seu novo eu não errar de novo."
Meu Karma que parecia tão leve, se mostra mais forte a cada dia. Tudo estava parecendo se encaminhar para a felicidade plena, mas sempre aparecem empecilhos. 
Às vezes não sei que rumo tomar, ou que atitudes ter, então vou fechar os olhos e tentar deixar esse curso seguir.
Cada situação ruim que se apresenta em minha frente a cada dia me encurralam sem dó num canto. Os caminhos parecem não existir e o trágico parece mais perto.
Só quero que isso termine logo e possa seguir, minha vida que promete ser tão feliz, tranquilo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Viajar é preciso.
Não imagino ninguém experimentar tudo o que a vida pode oferecer vivendo estacionado somente num lugar.


O primeiro passo é vencer a preguiça. Depois o medo. 
Espere passar por altos e baixos. 
Espero sorrir e chorar. Calor e frio.


Só saiba que, quanto mais intensamente seu coração bater, melhor você terá aproveitado tudo isso.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Uma mocinha sábia me disse para fechar os olhos por alguns segundos. Fechei. 


"É bom fecharmos os olhos às vezes."


Isso me lembrou de duas coisas essenciais que quase esqueci: Imaginação e Lembranças. 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Que somos nós afinal aqui nesse mundo, nascendo, crescendo, reproduzindo e morrendo? Seguindo um curso que nem ao menos sabemos para onde vai nos levar, sofremos todo tipo de reações, sentindo todos os tipos de coisas. Reações biológicas, sentimentos e pressentimentos. 
Amores, decepções, ser promovido, levar um tiro, sentir fome, ficar doente. 


Tudo isso é o que nós somos ou é o que nos faz ser o que somos?


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eu sei que é assim. Um grande pedaço de mim já ficou com você. E em você. Você. São seus, coloquem-o no porta-retrato de seus corações, ou dispensem-no num canto escondido de seus íntimos.
Íntimo, palavra que uso muito, exatamente por ser onde as coisas estão se mexendo agora. 


Vejo olhares, que outrora compartilhavam os meus, distantes. Vejo sorrisos que não sorriem já pelas mesmas piadas. Gestos que não procuram mais o mesmo toque.


Sinto-me necessário caminhar outras estradas, ainda não perfeitamente demarcadas, e encontrar novos olhos, novos sorrisos e novos gestos. Necessário erradicar essa apatia, essa distância.


Sinto-me necessário doar 'o eu' para outras almas. Para outras vidas. 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Olhe no espelho. Olhe através dos seus olhos e enxergue você. O você mesmo.O lá dentro. O onde as respostas que precisa estão esperando para serem encontradas. O onde você se esconde sem saber. O onde a angústia pulsa. O onde o amor pulsa. O amor e o Amor. O onde a alma envolve. O coração envolve. O sentimento envolve. 
Onde nasce o sorriso verdadeiro, onde morre a última lágrima. Onde as borboletas dançam e onde o calafrio escorrega. Onde a música vibra e mexe seu corpo. 

Onde o você existe, e os outros também.

Onde o eu existo.

Onde o tudo existe e te perturba. 

Onde o preso quer sair.

Por Paulo Coelho


Encontros


"Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.

Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente. Os encontros nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam. Entretanto, se estamos desespearados, se já não temos mais nada a perder, ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo.

Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom. Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama, e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estou tão imerso em mim que me afogo em mim mesmo. Andei pelas ruas e os rostos pareciam robôs no meu cenário da vida. Cada vida parecia não ter importância para mim e nem a minha. Era como se tudo de repente virasse plástico, metal e vidro. 
Tudo ficou frio.
Fiquei com as pernas no espaço. Parecia cair num lugar nenhum. Parecia voar no subsolo.

A música tocava no meu ouvido e parecia ser a única coisa viva.  

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Hoje me permito. Não vou mesmo me preocupar com as futilidades dessa existência. Vocês aí que ficam se lamentando e reclamando, podem parar e ir, por favor, de encontro a felicidade. Digam mais sim. Atravessem mais pontes. Escalem mais montanhas. Respirem mais fundo.
É tudo tão volátil. De repente, tudo pode acabar."

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aperta no peito uma angústia do tempo
Que trapaceia no nosso encontro - que parece - tão distante
E nosso momentos, malvado tempo
Transforma em segundos as horas, quase que num instante.
Ficamos devendo um nascer do sol
Sentados na beira daquela areia
Mas a vida, sei, volta e meia
Nos dará como à um girassol

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"So I open my eyes and see nothing. All black.
My arms, my legs, fingers, they are strangely paralyzed. And then within me the strange vision of my dreams hit my mind again and again.

From the off screen, the palid cadaveric face in a expression of mute scream come. It began small and in seconds it come closer and bigger with its void eyes like to swallow us with its dead.

The fear runs through my spine in a mix of shiver and curiosity, though I just put my blankets over my head and relax to sleep again..." 
E olhei nos seus olhos e disse:
"Estou apaixonado por você!
E as coisas aqui dentro, minhas
Você faz... coisinhas..."
Acordei de madrugada e procurei um abraço seu
Iguais aqueles desses dias
Lembra? Aqueles que a gente se deu...?

domingo, 19 de setembro de 2010

Sei que as vezes não acordo bem, como hoje, mas agradeço aos que tentam me ajudar e perdem um pouquinho do seu tempo comigo. Não é carência e muito menos necessidade, mas é assim que funciona a amizade.

Mesmo vocês não podendo ajudar como gostariam, acreditem, vocês ajudam mais do que imaginam.


Eu não sou fácil, e vocês que, ao menos um pouco, sabem o que se passa na minha vida terrestre, espero que tenham sabedoria de entender. Espero que tenham sabedoria em entender as palavras e não esquecê-las. 

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pencil: You know, I'm really sorry.


Eraser: For what? You didn't do anything wrong.


Pencil: I'm sorry, 'cause you get hurt because of me. Whenever I make a mistake, you're always there to erase it. But as you make my mistakes vanish, you lose a part of yourself. You get smaller and smaller every time.


Eraser: That's true, but I don't really mind. You see, I was made to do this. I was made to help you whenever you do something wrong. Even thoug, one of these days, I know I'll be gone and you have to replace me with a new one, I'm actually happy with my job. So please, stop worrying. I hate seeying you sad...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Paixão e Amor
 por Paulo Coelho



A paixão pode ser descrita como a beleza de um encontro fulminante entre duas pessoas, mas não se limita a isso.
Está na excitação do inesperado, na vontade de fazer alguma coisa com fervor, na certeza de que se vai conseguir realizar um sonho.
A paixão nos dá sinais que nos guiam a vida – e cabe a nós saber decifrar estes sinais.
O grande objetivo do ser humano é compreender o amor total. O amor não está no outro, está dentro de nós mesmos; nós o despertamos. Mas para este despertar, precisamos do outro.
O universo só faz sentido quando temos com quem dividir nossas emoções.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cocei os olhos. Olhei para os dedos e as mãos. Depois fechei os olhos.
Estava tentando desembaraçar toda essa trama. Nunca pensei no futuro. Nunca é muito, mas nunca levei isso a sério. De repente vejo lá na frente uma encruzilhada com muitas bifurcações. 
A cada dia vejo mais perto e sou obrigado e decidir o caminho. Um caminho. 


Não andava de um lado para o outro como muita gente, mas ficava quieto só olhando para o nada.
A mente realmente funcionava rápido. A cada nova consideração era como mais lenha para a fogueira dos pensamentos. Era muita lenha.
Parecem inútil tantas considerações. 


É a saudade de um novo começo contra o começo de uma nova saudade.




São tão opostos esses caminhos tão distantes. 





quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Complicamos coisas tão simples. Muitas vezes. Procuramos os problemas ao invés da solução.
Queremos tanto, que temos medo. Queremos tanto e querer é mais fácil que ter. Deveríamos sorrir e seguir em frente. Mas choramos. Empacamos. Não nos damos conta de que é só dar um passo. Às vezes é o 'se entregar' faltando. Perdemos a faísca de nosso interior. 

Seth: You're an excellent doctor.  
Maggie: How do you know? 
Seth: I have a feeling. 
Maggie: That's pretty flimsy evidence. 
Seth: Close your eyes. It's just for a moment. 
[touches her hand] 
Seth: What am I doing? 
Maggie: You're... touching me. 
Seth: Touch. How do you know? 
Maggie: Because, I feel it. 
Seth: You should trust that. You don't trust it enough. 


Coloque uma venda nos seus olhos e siga um pouco o que está aí dentro.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Guarde aí no seu cantinho
Essas palavras que vão com carinho
Lembre de mim ao menos um instante
Quando olhar esse recado de relance

Lembra de mim, e saiba que, aí dentro
Num lugarzinho que às vezes adentro
Deixei um pedaço do que sou eu
Cuide com carinho, como se fosse seu

terça-feira, 27 de julho de 2010

Escrever sobre como não conseguir escrever.
De onde vem a palavras que escrevemos e de onde elas não saem quando queremos?
Quem nos fala aos pensamentos, aos sussurros ou aos gritos, as palavras para preenchermos o branco, e será esse mesmo que se cala ou uma outra força o tapa a boca?
Quem nos enche por dentro com tanta inspiração que, fosse hélio, nos faria subir aos céus como um balão?
E será essa mesma energia que nos murcha a ponto de, com fracasso, nos discorremos de palavras pobres e tão vazias como vácuo?
Haverá uma guerra sangrenta entre essas duas forças, ou somente ela se cansa, e me deixa a mercê de minha sorte com essa página em branco em minha frente?
Batalhe ou ria de mim, mas recompense esse escravo das palavras.

domingo, 11 de julho de 2010

-aço


Fecho os olhos e imagino um
Abraço
Eu entrando em seu
Espaço
Estreitando os nossos
Laços
Imagino logo o que
Faço
Sinto seu coração em
Compasso
Todas as palavras
Refaço
Abro os olhos e te 
Caço
Não te vejo e me 
Desfaço
E me enxergo em 
Pedaços






sábado, 3 de julho de 2010

Gotas deslizam pela janela
vejo fora o que se diz chuva
fina como meus pensamentos
vem devagar acalmando,
deliciando-se e levantando a poeira
que pairava por ali, por aqui.


Dentro há calor e quietude.
A chuva traz beleza, podes ver?
É beleza triste, eu sei
é choro... em lágrimas derramam-se as nuvens
me despenco dentro de mim
a alma agitada corre como enxurrada


Estrondosa.
O que era água mansa 
se transforma em tempestade
e chora...


O vento chega forte então,
e a fim de destruir o que tivesse pela frente
se sente fraco
e leva o que era lágrima


pela janela vejo
ao longe, surgindo um azul
é céu sorrindo
dentro de mim se faz paz


É dia!






Poema de Marília. 
Visitem o seu blog: LunofagicaMente

Fitter Happier


domingo, 27 de junho de 2010


Canto Para A Minha Morte
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho


Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Sonhei com você hoje..."


"Mesmo?! E como foi?"


"Estávamos no alto de uma montanha. O sol brilhava. Tínhamos tudo o precisávamos. Uma floresta nos rodeava, e tínhamos uma cachoeira, que demos um nome que não me lembro agora. Sempre nos banhávamos lá, e tinha uma caverna - sabe aquelas que vemos nos filmes? - onde ficávamos ouvindo o som da queda da água. O sol batia na água e fazia luzes que nos hipnotizavam lá dentro. Nunca me senti tão bem. Não pelo cenário claro, mas por você estar ali comigo."


"..."


"Pena ser só um sonho..."



segunda-feira, 21 de junho de 2010

Antes de abrir os olhos notei que tudo estava girando. O teto parecia o chão e eu estava caindo. Virei de um lado para outro na cama, e tudo embrulhava dentro de mim. Sentei, mas meu pescoço não sustentava minha cabeça então abaixei ela entre as pernas. 


Respirei fundo.




Estava tudo ali boiando. Um pouco ficou no meu cabelo. Estiquei a mão e alcancei o rolo e limpei o que pude. De ajoelhado, caí sentado e me encostei na parede. Não queria olhar naquele espelho. Fechei os olhos e fiquei tentando controlar minha respiração entrecortada. Amarrei o cabelo e levantei.


As memórias não estavam muito claras para mim, e aquela garrafa no fim com certeza era a culpada. Sentei à mesa tomei a garrafa e o cheiro quase me fez voltar para o banheiro. Bebi mesmo assim. Olhei para tudo aquilo ali e meu estômago começou a doer.


"Droga, não era para ser assim!". 



sexta-feira, 18 de junho de 2010

It is all blank, I am blank.
Come and write your history in my pages
Come and fill my lines with your desire
Tell through me all your feeling
Scratch but not erase me and
Fix all my pages missing
Cover me with the fairest adornment
Don't forget to clean the dust
Remember to put me in a nice shelf
When you forget about all the trust


quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Everybody was going there. Me too. I thought it was a party which was going to happen but there was more than that. They all laughed and talked unknown words. 
We went through a great gate which led to a amazing garden. As we were walking to the house, no sound was emitted. A guy hosted us with a smile and drinks. We sat in chairs, and looking at the garden we waited.
Soon small particles of leaves, dust and insects began to twist and took form in front of us. 
A figure of a man, starting from the face, framed and a great flash blinded us all...
I heard a shout."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"It was like I was in a prision, a small room, tight. Muggy. Smothery. I couldn't move. There was only a crack in the wall where I could barely look out.
Some people were out there. They had strange form, hump ones. They got a girl and there was blood. 

A red creek slipped to where I was, and somehow I felt I was going to be the next..."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Essas nuvens.
Esse frio.
Todo esse cinza.
Tomo um vinho.
Ensaio palavras.
Sorrio... e entristeço.
Vem aqui mais para perto.
E me dê um sorriso terno.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O que fazer quando o que se quer está longe e o ruim se aproxima? 
Nem vou me alongar, não tenho palavras para isso, mas... sabe, as coisas poderiam melhorar um pouquinho.


Enquanto isso vou sobrevivendo, ainda tenho alguns motivos...



terça-feira, 25 de maio de 2010

É difícil eu escrever por dois dias seguidos. Mas esses dias parecem estar pedindo isso. Mesmo que curtos, muitas vezes nada claro para vocês que o lêem, parece que está se tornando cada vez mais uma necessidade.
Me perguntaram o por que d'eu escrever, e eu respondi simplesmente que porque gostava. Não sei se há uma explicação mais para isso, claro, além da necessidade crescente.
Frustro-me as vezes ao não encontrar as palavras para descrever certas coisas, e talvez isso seja culpa do meu singelo vocabulário, ou talvez simplesmente não exista tal palavra. Indagar isso tem feito parte de alguns momentos que tenho passado esse dias.

Talvez o que sinta, ou quero, ou ainda procure, simplesmente não exista por aqui.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais uma segunda. Que friozinho bom que faz, mas ainda vai esfriar mais, e é isso que estou esperando. O Inverno sair da sua timidez e mostrar as caras. Todos se encherão de roupas, e luvas e toucas serão bem vindas. Tempo de vinho, filmes, pipoca e cobertas. Ficar com a aquela pessoa que se gosta juntinho aquecendo um ao outro.

Ah!, quem dera tivéssemos neve.

Ah!, um ao outro.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Queria uma reviravolta. Ouvir aquelas palavras que nos deixa tímidos; ver aquele olhar que nos faz sentir borboletas no estômago; sentir aquele toque que nos faz suar.


Estremecer diante de tudo isso. 




Sorri para você aquele dia, e você disse que tinha medo. 
Estendi minha mão, e esperei que a segurasse.


É, de nada adianta.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Não quero ir para a cama. Esqueci como se dorme. Abaixo dos lençois parecem haver pedras; nenhuma posição é agradável. Fico olhando para cima, para o escuro. O dia passa em minha cabeça em loop. Minha vida se repete em minha mente.
Começo a ler qualquer coisa na tela do celular, e os dígitos vermelhos do relógio ao lado da cama pulam de minuto em minuto. Meus olhos começam a fechar, quando algo parece me puxar de volta. Espreguiço-me, coço os olhos, me viro de um lado para o outro. Ajeitar as cobertas, calor, frio.
Levanto. Vou a cozinha, abro a geladeira e bebo um pouco de água. Quero café. Tomo, amargo mesmo. Na sala olho pela janela. Rua vazia. Mas me veriam como um fantasma lá de fora, ali parado com olhar duro. Fico ali por alguns minutos, ouvindo os já familiares sons da noite. O tic-tac do relógio fica tão mais alto. Minha respiração. O vento.
Os cães começam a latir, e já sei que logo aquele gato vai aparecem. Salta do telhado aquele bichinho tricolor, já despreocupado com os latidos. Ele olha para mim por alguns segundos e segue seu caminho. Devo ter espírito de gato.
Deixo o copo na pia, e volto para a cama. Deito e fecho os olhos. Segundos passam, mas se foram algumas horas. E relógio aponta algo perto da meia madrugada; me levanto, e vou ao banheiro. O espelho me encara. Jogo um pouco de água no rosto; descarga; mais um gole de água.
Aguardo; daqui à algumas poucas horas, e um segundo depois dele começar a gritar, desligarei o despertador. O Sol nascerá.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Olho no espelho e, apesar de ninguém ver, noto as marcas que o tempo, muito tempo, fez em mim. Os secos caminhos por onde outrora passaram lágrimas. Cada cicatriz invisível mostrando todas as vãs brigas que tive com o Destino. O sorriso escondendo todo o amargo que se esconde em meu íntimo, e todos os pedaços remendados de mim, como cola e fita num brinquedo velho.

terça-feira, 16 de março de 2010

Uma beira-mar, com a areia mais fina, branca e pura. Sentado, vemos o céu. Uma fogueira, e o som de nossos violões harmonizando com o som das ondas. Uma Lua, e nossas vozes rimando com os sons noturnos da natureza.

Nossos olhares nos unirão. Todos os pontinhos do céu seriam nossas testemunhas e convidados. A melodia, nosso canto de cerimônia. Os pássaros, nosso coral encantado.

Damos as mãos, e caminhamos com os pés na água, na marcha nupcial de encontro ao nosso Destino. E nossas juras serão as mais simples e sinceras palavras, já que nossos corações já se comunicam. E quereremos que o tempo parasse. Quereremos essa noite para sempre.

Então deitamos e inventamos constelações. Seriam como nossos filhos eternos. E a cada traço de minúsculos grãos do Universo que cruzasse o manto negro da noite, nenhum desejo faremos, porque aqui temos tudo que precisamos. Um o outro.

E então, o nosso despertar com o raiar do Sol nos dará a certeza que tudo aquilo não foi simplesmente um sonho e que temos a Eternidade só para nós.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Fecha teus olhos. Uma venda será carinhosamente posta. Um suave medo, talvez receio, te alcançará, mas entende, isso é parte deste jogo.
Colocar-te-ei delicadamente na cama.
Sentirás tocar tua espádua pétalas da rosa mais macia e o leve ar quente com as palavras mais sutis chegarão aos teus ouvidos.
Um tremor percorrerá todo o teu corpo, um terno beijo em tua nuca te fará abrir de leve a boca num suspiro contido. Minhas mãos tocarão de leve teu rosto, escorregando lentamente para o teu pescoço.
A ponta dos meus dedos afastarão as alças de teus ombros quando então, lentamente, descerei por tuas costas com beijos em cada curva de teu corpo, e nem os melhores dos teus sonhos se parecerá com o que se seguirá...

terça-feira, 9 de março de 2010

... é que sempre vem aquele medo de novo. Um novo recomeço para mim foi sempre o começo de um novo fim tristonho. Então não deveria nem usar a palavra medo; devo usar, talvez, deixe-me ver... angústia? Receio? Algo entre as duas.
Mas você veio, e isso não pode ser ignorado. E tão de repente. E tão doce, o que me é perigoso. Seria isso o 'depois da tempestade'? Seria a 'luz no fim do túnel'?

Não, não temos todo o tempo, ou muito tempo. Para mim infelizmente não é assim. Aviso-te, sou complicado, meu ser é difícil. Mas quem sabe é a que entenderá meu íntimo.

Alongo-me em melosidades demais. Meu jeito. Nosso jeito.

É o caminho? E qual é a estrada?
Eu quero mesmo são atalhos...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Há muito tempo a semana não começava com chuva. As nuvens cobriram a linda Lua cheia ontem, mas o céu de sábado estava maravilhoso.
As boas companhias e uma garrafa de vinho vagabundo, junto as palavras jogadas fora, ajudaram a afastar o maus pensamentos.

A vento voltou à minha cidade, honrando seu antigo nome. O frio da madrugada me lembra alguns pesadelos, mas eu gosto do clima que isso proporciona. Caminhadas noturnas que vivi em sonhos, com vultos e espíritos querendo se comunicar de alguma forma. E as mensagens que chegam com o sopro e sussurros do ar nos meus ouvidos, são tão enigmáticas como os mistérios remotos do passado. Talvez sejam sussurros de outrora que ninguém nunca tenha ouvido. Talvez sejam somente sussurros da minha própria mente que eu nunca havia parado para escutar.

O piano de Chopin que entra em meus ouvidos proporcionam uma momentânea paz. Minto. Cada nota ecoando é uma mistura de apertos no peito. Fecho os olhos e consigo imaginar o surrealismo romântico que cada passagem expressa. Quase sinto-me sentado em frente as teclas expressando cada tempo da melodia. Cada pequeno som se manifestando nas cordas e na alma. Cada batida ditando o ritmo do âmago.

Fora isso, o dia apático, a espera de algo, me afeta. Espero mensagens que não chegam, espero resultados, e resoluções. Culpa é sim, da minha comum inércia. Será a passividade um problema? Nunca encarei dessa forma. Imagino-me um grande ímã para conhecimento. Ímã esse que agora realmente parece gasto. Parece-me mesmo necessário levantar, e ativar esse espírito ocioso. Necessário explorar mais a possibilidades. Explorar o potencial que todo o Universo tem a oferecer.

Ah!, mas quando esse pensamento se refletirá no meu corpo? Imagino ainda a manhã que acordarei e tudo ficar tão claro e simples, e se descortinará na minha frente todos os fatos e passos a seguir. E como é, qual palavra... angustiante - talvez -, pensar nisso tudo.

Devaneios demais para um dia...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ajuda-me com essa poesia
A juntar palavras sobre ela
Aquele anjo caído do Céu
Que seus saudosos irmãos
Choravam enquanto partia

Ajuda-me a descrevê-la
Olhos gotas de oceano
Cabelos como sol da manhã
Não, nossas meras palavras
Se emudecem ao vê-la





quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quadriculado.
Marcas.
Sorriso.
Empatia.
Mãos juntas.
Escondidas.
Escondidos.
Cerveja.
Beijo.
Panqueca.
Presente.
Música.
Sentimento.
Lágrima.
Oceano.
Saudade.
Queda.
Fim.
!
?
Recomeço.
Morte.
Vida.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Então eu estou aqui
E você também
Me permita ser o seu espelho esta noite
E cantar em mim o teu encanto
Tua estranheza e teu espanto
Como quem sabe no fundo
Que não há distância neste mundo
Pois somos uma só alma
Me permita ser esta noite
A voz que te canta e te encanta
de si
Que te faz sentir-se e parar
Como quem volta pra casa e
resolve se amar
Somos livres e não possuímos
as pessoas
Temos apenas o amor por elas
e nada mais
E é preciso ter coragem para
ser o que somos sustentar
uma chama no corpo sem deixar
a luz se apagar
É preciso recomeçar no caminho
que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado
confiando no invisível
desprezando o perecível
na busca de si mesmo
Ser o capitão da nau
no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo
mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama é só nosso
modo de ver
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
Com nosso poder de crer

Luiz Antonio A. Gasparetto



Gosto mesmo...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Estrela Guia

Vai guiado pelas estrelas. Pelo deserto chamado vida, segue aquele ponto luminoso. Espera que o leve a algum lugar e não perde a esperança. Passa por todos os desafios; se machuca, sangra, adoece.
A cada dia mais fraco, mas a estrela chama. A cada dia tudo fica mais noite. Mais escuro.

Espera uma recompensa, espera um sinal, uma ajuda, mas avança. Avança como se fosse a última coisa que precisasse fazer. Passa por espinhos e lamaçais. Passa por tornados e terremotos. Tempestades. Cadê o sol? Onde está a luz do fim do túnel.

Afasta logo tudo isso da cabeça. Precisa continuar. Nem uma lágrima pode ser derramada. Nenhum cansaço, suor, cãimbra o pode parar. Nenhuma cobra ou veneno.

Tormentas, demônios, pecado. Prisão, paredes.
Caminho de pedras. Calos, pés machucados.

Mas o brilho não o deixa desistir. Cai, uma, duas, três vezes. Espera uma ajuda.
Não vem. Tem de continuar.
O ar lhe falta. O calor sufoca. Tenta correr, mas só engatinha. Escorre por entre a areia como os raros veios de água no deserto.
Espera um oásis como que último socorro.

Aquela brisa bate e conforta. Aquele vento como um sopro para toda a dor.
Por mais sobre aquele morro. Por mais sobre ele e encontrará a paz a conforto.
Últimos esforços. Últimos suspiros e forças. Se arrasta.

A mão agarra a beirada. Puxa o corpo e espia o outro lado.

Um grande vazio. A estrela parece mais longe. A miragem da vida o engana mais uma vez.
Tenta respirar fundo e puxa somente um ar de tristeza. Se põe de pé como que o último esforço.
Um pé na frente do outro e se deixa levar pelo peso do corpo e pela esperança que é a última coisa que lhe resta...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tarde Vazia


Não, não tinha tanta inspiração. Estava simplesmente na frente da mesa olhando para a tela com a representação de uma folha em branco.
Antes escrevia à moda antiga: caneta e papel. Sentia saudade às vezes, é verdade, quando se metia no seu quarto e colocava as ideias no papel.

Tentou deixar seus pensamentos levarem-no longe. Pensou em outros mundo, pensou no seu passado, presente e o possível futuro.
Pensou como poderia agir para melhorar tudo aquilo. Em tudo que poderia ter feito. Todos pensam nisso num ponto da vida. Aquele era o dele.

A vida leva a gente por caminhos estranhos, a ponto de nos fazer perguntar o que é a vida afinal (?).
E todos perguntam isso também algum ponto de suas vidas.

Pensou na chuva que caia. Como queria estar embaixo dela, sentindo aquelas lágrimas da natureza esconder as suas. Pensou que quando o sol saísse, como que se sorrisse para o mundo e dissesse que estava feliz, ele pudesse fazer a mesma coisa.
Pensou em quando chegaria a noite, e quando iria querer sair para lugar qualquer; à lugar nenhum.
Pensou em todas as estrelas que veria. E todas aquelas que cairiam e ele contaria uma a uma.
Pensou no mar, no barulho das ondas. A Lua refletida no Oceano traria lembranças.
Pensou em todas aquelas caminhadas imaginárias que teve, e que por inércia não realizou. Todas aquelas conversar que planejou e não teve coragem.
Todos os textos que já tinha começado e sua cabeça não teve força para continuar.

Aquelas tardes no canto do quarto olhando para a parede e esquecendo de viver.
Tardes de pensamentos quase perdidos. Tardes perdido em pensamentos.

Olhava para folha digital em branco. Olhava para o nada.
Era nada.